sábado, 31 de janeiro de 2009

MOVIMENTO CÍVICO E ESTUDANTIL CRITICA CÂMARA DO PORTO POR ADIAR NOVAMENTE AS OBRAS

O Movimento Cívico e Estudantil do Porto (MCEP) e a Associação de Feiras e Mercados da Região Norte criticaram hoje a autarquia portuense por adiar para 2010 as obras de recuperação do Mercado do Bolhão.

«É uma desresponsabilização da Câmara do Porto em relação ao Mercado do Bolhão porque irá provocar a desertificação do espaço», disse em conferência de imprensa Miguel Jeri, do Movimento Cívico e Estudantil.

Os representantes das duas estruturas consideram que «o adiamento não promove a vitalidade do Bolhão», defendendo, por isso, o início imediato das obras executando um projecto do arquitecto Joaquim Massena, aprovado em 1998, que é da Câmara do Porto e respeita o património.

«Não faz qualquer sentido mandar elaborar um outro projecto quando existe um que mantém a traça arquitectónica do edifício e respeita os interesses dos comerciantes», acrescentou Miguel Jeri.

Segundo este responsável, o programa preliminar apresentado pela Câmara do Porto visa «a privatização e a descaracterização do Mercado do Bolhão».

As duas estruturas anunciaram por isso a intenção de solicitar «reuniões de trabalho» com o primeiro-ministro, Governo Civil, responsável do IGESPAR/Norte e com os partidos com assento parlamentar.

«O objectivo é evitar que o mercado se transforme num shopping», frisou Miguel Jeri.
A Câmara do Porto anunciou em Dezembro a assinatura de um protocolo com o Ministério da Cultura para a reabilitação do Mercado do Bolhão, que será integralmente financiada com verbas públicas e europeias.