quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Jornal Público: "Dois mandatos à espera de um projecto cada vez mais parecido com o do Massena"

artigo público (clicar)

A inclusão de um parque de estacionamento no Bolhão agrada às associações dos comerciantes do mercado. Contudo, a Associação de Comerciantes do Mercado do Bolhão (ACMB) e a Associação Bolha de Água, têm algumas divergências - se a primeira não critica o andamento do processo, a segunda estranha que o projecto em curso se pareça, cada vez mais, com o do arquitecto Joaquim Massena, aprovado e pago pela Câmara do Porto, em 1998.


Há cerca de um mês, os responsáveis da associação Bolha de Água reuniram-se com os técnicos da Direcção de Serviços de Bens Culturais da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), para saberem como corria o projecto de reabilitação do mercado, por isso, para eles, a construção de um parque de estacionamento público, com 90 lugares, na cave do Bolhão, não foi uma novidade. "De uma forma geral, acho que o projecto é bom, mas parece-me que se encaminha cada vez mais para o projecto do arquitecto Massena", diz Miguel Mendonça.


Para o comerciante do exterior do mercado, esta constatação deixa-o perplexo: "Cada vez percebo menos porque andamos dois mandatos à espera que o doutor Rui Rio fizesse alguma coisa, e de um projecto cada vez mais parecido com o do Massena". Lembrando que o presidente da câmara explicara, em Dezembro do ano passado, que o projecto do arquitecto estava "desactualizado", Miguel Mendonça critica: "Se houvesse boa-fé, chamava-se o autor do projecto e pedia-se que fizesse as actualizações".


Ainda assim, Miguel Mendonça considera que, no Bolhão, os comerciantes "começam a sentir que há uma luz ao fundo do túnel", apesar de os receios não terem desaparecido: "O medo que temos é que quando o projecto estiver pronto, a câmara venha dizer que não tem dinheiro para o concretizar".


Já o líder da ACMB, Alcino Sousa, considera "óptima" a possibilidade de se construir um parque de estacionamento no Bolhão. O comerciante reuniu-se com o novo vereador do Urbanismo na Câmara do Porto, Gonçalo Gonçalves, mas só espera ter alguma novidade sobre o arranque das obras "para o final do ano". As obras devem começar em 2010.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bolhão: Entrega do projecto de reabilitação ao IGESPAR é um "erro político grosseiro"



Associação de Feiras e Mercados da Região Norte continua a preferir o projecto do arquitecto Massena e critica a “teimosia absoluta por parte de Rui Rio”


A entrega do projecto de reabilitação do Bolhão ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) é um “erro político grosseiro”. É a conclusão a que chega a Associação e Feiras e Mercados da Região Norte (AFMRN), depois de ter reunido com a arquitecta Paula Silva, directora do projecto.

A possibilidade de demolição dos pequenos espaços centenários de comércio tradicional, não se sabendo se voltarão a ser reconstruídas ou não, e a inviabilização da passagem subterrânea, destinada a um parque de estacionamento, até ao quarteirão da Antiga Casa Forte são algumas das questões que preocupam a AFMRN.

O facto de todo o actual projecto estar a ser pago com o erário público também não agrada à associação. Em declarações ao JPN, o presidente da AFMRN, Fernando Sá, admite que não consegue encontrar justificação para Rui Rio não querer avançar com o projecto gizado pelo arquitecto Joaquim Massena, já em 1998.

“Achamos que Rui Rio não quer implementar um projecto do tempo de Fernando Gomes. Desde que tomou posse que o projecto foi posto de parte”, diz ao JPN. “Trata-se de uma questão de pura teimosia”, continua.


Resgatar o projecto de Massena

O responsável explica que, inicialmente, o presidente justificava essa opção com o problema da falta de verbas, mas que agora se escusa a dar qualquer tipo de explicação para a recusa do projecto de Massena. Acusa, ainda, o autarca de se esquivar deste assunto em época de campanha para as eleições autárquicas. "Todos os outros candidatos têm referido a questão do Bolhão", comenta.

Para a AFMRN, seria de todo o interesse que a Câmara do Porto utilizasse o projecto engavetado de Massena, aprovado por todas as entidades necessárias, incluindo o IGESPAR. “Se o novo projecto vai ser pago com dinheiros públicos, por que é que não se aproveita o que já está na gaveta?”, questiona Fernando Sá. No entanto, visto o projecto ter já 11 anos, teriam de ser feitas algumas adaptações para que pudesse ser levado a cabo.

Antes de o projecto de reabilitação do mercado do Bolhão estar entregue ao IGESPAR, tinha sido adjudicado a uma empresa privada holandesa - a TramCroNe (TCN) -, que pretendia transformar o mercado num centro comercial, ideia que não agradou aos comerciantes, que defendiam que o mercado tradicional e a traça original daquele que é um dos edifícios mais emblemáticos do Porto deveriam ser mantidos.

sábado, 26 de setembro de 2009

Rio da Vila impede túnel entre Bolhão e núcleo de D. João I

artigo: Jornal de Notícias


O mercado do Bolhão (Porto) não terá um túnel pedonal de ligação ao futuro parque de estacionamento em execução no quarteirão de D. João I. A Direcção Regional da Cultura do Norte confirmou que essa obra é inviável.

O programa preliminar para a reconversão do mercado, defendido pelo Município do Porto, colocava a hipótese da ligação ao aparcamento subterrâneo a rasgar sob os edifícios da antiga Casa Forte. Mas a directora regional Paula Silva informou a Associação de Feiras e Mercados da Região Norte de que a passagem está "inviabilizada por motivos técnicos" devido ao facto de, no subsolo da Rua de Sá da Bandeira, correr o rio da Vila, embora fosse favorável a essa construção.

Haverá, no entanto, tal como já foi noticiado, uma ligação subterrânea entre o mercado e a estação do metro. Na reunião com a associação que decorreu na semana passada, a arquitecta explicou que a avaliação da estabilidade do edifício do Bolhão trouxe boas notícias, uma vez que não existe já o elevado risco de ruína, apontado em 2005 pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Segundo a associação, não existirá "gravidade de maior", em termos de instabilidade estrutural, "no conjunto geral do mercado".

A novidade consta da acta, redigida pelos representantes da Associação de Feiras e Mercados da Região Norte após a reunião com Paula Silva e enviada na passada quarta-feira por fax e pelo correio, para a Direcção Regional de Cultura do Norte.

No mesmo documento, a que o JN teve acesso, é referido que será necessário desmontar as "casinhas centenárias" existentes no terrado do mercado para a construção do espaço para cargas e descargas na cave. Algumas destas estruturas estão em más condições e, por isso, a directora regional não pode garantir a sua reconstrução. A vontade é mantê-las caso seja possível, apesar de, de acordo com a associação, a arquitecta Paula Silva considerar que possuem pouca importância no contexto do Bolhão.

À associação, foi dito ainda que foi "mais prudente a realização de um novo projecto de reabilitação" do mercado do que reformular o projecto de Joaquim Massena, na certeza de que essa adaptação "teria um custo elevado". Uma posição que é contestada pela associação. Em comunicado, recorda que muitos comerciantes do mercado defendem a execução, no imediato, do projecto do arquitecto Joaquim Massena já pago, concluído e "com todos os estudos técnicos e arquitectónicos actuais".

A associação entende que o adiamento das obras, com a "repetição de estudos técnicos e de projectos já realizados", procura apenas adormecer o "tema escaldante" da reconversão do Bolhão em época de eleições.

O encontro serviu, também, para esclarecer a concessão do mercado do Bom Sucesso. "Foi-nos comunicado que escolheram a proposta [da empresa Eusébios] por ser um mal menor das duas soluções a concurso. Ainda não há projecto", sublinhou o presidente da associação, indicando que a preocupação da Direcção Regional da Cultura é que o edifício do mercado do Bom Sucesso não seja descaracterizado.

domingo, 26 de julho de 2009

"Programa para Bolhão é desgraçado para cidade" - referiu o Presidente da AFMRN

Artigo Jornal de Notícias

A Associação de Feiras e Mercados da Região Norte alertou que o programa preliminar da Câmara do Porto para o Mercado do Bolhão "é desgraçado para a identidade" da cidade e abre "precedentes irreparáveis".

"O programa, lançado por Rui Rio e aceite pelo Ministério da Cultura, é desgraçado para a identidade do Porto, abrindo precedentes irreparáveis na cidade", refere o presidente da associação em comunicado.

No documento, Fernando Sá alerta que "a vontade de transformar o mercado num 'shopping' é muito clara", referindo-se à intenção de instalação de uma cobertura no mercado, e salienta que isso implicará "gastos energéticos muito elevados". "Reafirmo que o programa que a Câmara lançou é eleitoral, não defende os comerciantes nem a cidade, antes abre hipótese a centros comerciais e fecha as portas comércio tradicional", sustenta.

Recordando o protocolo celebrado em 18 de Dezembro passado entre o ministro da Cultura, Pinto Ribeiro, e Rui Rio, a associação destaca que foi então prometida "celeridade e preservação do Bolhão". Contudo, "o que se constata é o silêncio, sucessivos adiamentos e o abandono dos comerciantes do mercado por falta de condições de trabalho".
Para o movimento, a solução passa por retomar projecto do arquitecto Joaquim Massena, "aprovado pela Câmara e pelo Instituto Português do Património Arquitectónico, que reabilita o mercado e regenera a habitação e o comércio envolvente".

"Este projecto é inovador, respeita a vontade dos comerciantes e dos seus utilizadores, mantém o mercado de frescos e acrescenta novas valências nas áreas de restauração, dos espaços de ateliê e de exposições", diz, acrescentando que "abre ainda a hipótese do uso em diferentes horários".

quinta-feira, 2 de abril de 2009

"CÂMARA ADMITE ATRASOS NA REABILITAÇÃO DO MERCADO DO BOLHÃO"

Artigo do jornal Público

Direcção Regional de Cultura do Norte destaca complexidade do processo, mas o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, acredita que o prazo global será cumprido


O processo de reabilitação do Mercado do Bolhão está atrasado, mas a Câmara do Porto acredita que é possível cumprir os prazos globais, que atiram o início das obras para 2010. Depois da aprovação do programa preliminar do mercado pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), previa-se que em trinta dias estivesse concluído o projecto-base do novo Bolhão. Esse prazo terminou a 11 de Março e, por enquanto, não há previsões para a sua conclusão.


O trabalho não é fácil e, pelas palavras da responsável da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN), percebe-se que 30 dias era um prazo demasiado optimista para concluir um projecto-base. Em resposta escrita ao PÚBLICO, a directora desta entidade, Helena Gil, explica que foi constituída "uma equipa multidisciplinar na Direcção de Serviços dos Bens Culturais" da DRCN com vista à elaboração do projecto de recuperação do Bolhão que, por enquanto, "está a proceder a uma série de estudos e recolha de informação diversa".


A equipa da DSBC/DRCN está, assim, envolvida na "compilação da documentação dispersa nos arquivos da Câmara do Porto (...) e seu estudo"; "na investigação histórica e documental, com consulta em diversos arquivos"; "na identificação e registo das principais patologias para elaboração do [respectivo] mapeamento"; e no "cruzamento de informação com outros projectos no local". Helena Gil explica que "este conhecimento exaustivo e prévio é indispensável para a elaboração do programa base do projecto de recuperação e reabilitação do Mercado do Bolhão, aguardando-se também a entrega, por parte da Câmara Municipal do Porto, do levantamento desenhado do Mercado do Bolhão em suporte digital, para a conclusão do mesmo". A directora da DRCN não especifica, contudo, para quando se prevê a conclusão deste trabalho.


Ao PÚBLICO, o vereador do Urbanismo, Lino Ferreira, admite a existência "de um ligeiro atraso" nesta fase do processo, mas garante estar confiante de que será ainda possível cumprir os prazos globais. "O prazo de 30 dias dado ao Igespar para elaborar o projecto-base sofreu um ligeiro atraso porque o levantamento que tínhamos na câmara não foi considerado com qualidade necessária e suficiente para elaborar um bom projecto", explica Lino Ferreira. O responsável pelo Urbanismo garante que a câmara "adjudicou em oito dias" um novo levantamento, contratualizando a sua entrega de forma faseada: "Para a elaboração do projecto-base o importante é ter um levantamento do edificado, sem grandes pormenores e que deve estar a ocorrer a qualquer momento. Na fase do projecto de execução será entregue o restante, já com todos os pormenores". Lino Ferreira acredita que o atraso actual será ultrapassado pelo facto de alguns projectos, que deveriam ser trabalhados em fases posteriores do processo, estarem já a avançar. "Exemplo disso é a consolidação das fundações na parte sul do edifício, que está já a ser trabalhada", diz.


O programa preliminar para o mercado, elaborado pela autarquia, foi aprovado pelo Igespar a 11 de Fevereiro. De acordo com os prazos apontados pela autarquia, 30 dias depois deveria estar concluído o projecto-base, seguindo-se 60 dias de estudos prévios e mais 120 dias para o projecto de execução. Sem se referir em concreto ao atraso no processo, Helena Gil justifica: "O programa preliminar (...) contém alguns pressupostos que exigem uma grande ponderação e estudos aprofundados, nomeadamente, a instalação de uma cobertura (...) e as ligações subterrâneas ao parque de estacionamento da Praça D. João I e à estação de metro do Bolhão."

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Movimento Civico e Estudantil do Porto e Associação Feiras e Mercados da Região Norte lançam MANIFESTO À CIDADE

- Porquê… adiar (novamente) a Reabilitação do Mercado do Bolhão para 2010?
- Porquê… pagar (novamente) cerca de 1milhão de euros por outro Projecto?
- Porquê transformar novamente o Mercado do Bolhão num Shopping?
- Porquê … privatizar novamente o Mercado do Bolhão?


2008

Na Avenida dos Aliados a 21 de Janeiro 2008 O Movimento Cívico e Estudantil e a Associação de Feiras, há cerca de um ano, realizaram um gesto cívico para impedir o horror que podia ter sido a demolição do Mercado do Bolhão, que a Câmara Municipal do Porto aprovou à empresa holandesa "TCN" a concepção, construção e exploração de um "SHOPPING", demolindo todo o seu interior, numa parceria público/privada, durante 70 anos (50+20). Perdia-se a "Alma Bolhão". Podia ter sido a morte de um ícone do Comércio Tradicional, num total e absoluto desrespeito pelas Pessoas e pela Memória Futura.

Ao longo do ano de 2008, muitos foram os gestos cívicos que uniram os cidadãos, as associações e os movimentos, que contrariaram a demolição do Mercado do Bolhão, reconhecendo a Edilidade, a Câmara Municipal do Porto, o erro que podia ter sido cometido se estes cidadãos não se manifestassem.


2009

Hoje na Cooperativa Árvore, dia 30 de Janeiro de 2009, O Movimento Cívico e Estudantil e a Associação de Feiras e Mercados da Região Norte, manifestam a sua discordância na forma como está a ser preparada a Reabilitação do Mercado do Bolhão pela Câmara do Porto que, em tese, resulta numa nova agressão ao Património e ao Erário Público, através de um Programa Preliminar, desastroso económica e funcionalmente, gastando em obras 20 milhões de euros (em vez dos 12,5 milhões previstos, no projecto aprovado em 1998), condicionando o desenvolvimento público do Mercado, com o acesso ao parque de estacionamento privado da "Casa Forte" e uma cobertura de Shopping em todo o seu interior, alterando as características Patrimoniais de relevo e composição única na Península de Mercado aberto pelo seu interior e consequentemente, os Comerciantes e os seus Utentes, perderão um dos maiores símbolos da cidade, à semelhança do que aconteceu com a demolição do Palácio de Cristal em 1951.


O Movimento Cívico e Estudantil e a Associação de Feiras e Mercados da Região Norte, não deixarão de questionar: ·


1. O Porquê… da Câmara Municipal do Porto iniciar as obras só em 2010 e consequentemente, até lá, provocar a saída dos comerciantes?Quando pode iniciar as obras já em 2009, mantendo o mercado de frescos e alma de Bolhão, utilizando o projecto da cidade, aceite pelos comerciantes, aprovado em 1998 pela Câmara Municipal e todos os Organismos da Cidade, pago pelo erário público, cujas bases do concurso foram elaboradas pelo Centro de Estudos da Faculdade de Arquitectura do Porto, avaliado por um Júri de reconhecido mérito – Professores e Arquitectos Álvaro Siza Vieira e Duarte Castel-Branco, a Ordem dos Arquitectos e os representantes da Edilidade, entre Outras Individualidades;

2. O Porquê… do Ministério da Cultura mandar elaborar outro projecto? - Quando aprovou em 1998 o projecto da cidade e terá de pagar novos honorários, cujos custos para o erário público, por certo, serão superiores a 1(um) milhão de euros, numa altura em que o País e os Portugueses estão em recessão económica, quando é necessário coadjuvar o tecido empresarial (com relevância para o comércio tradicional) e não deixar desactivar este espaço emblemático e identitário Social, Cultural e Económico desta Bela Região de Portugal.

3. O Porquê… Destes dois Organismos, Ministério e Câmara, deixarem desde 1998 até 2010 que a actividade comercial desapareça do Mercado em com ela a sua "Alma" (em 1998 existiam cerca de 440 comerciantes, em 2008 cerca de 170), até 2010 será difícil para os comerciantes manter as suas actividades?

4. O Porquê… Depois das obras realizadas entregar a Exploração a privados?


O Movimento Cívico e Estudantil e a Associação de Feiras e Mercados da Região Norte, refuta a hipocrisia e advoga valores Humanos e Patrimoniais, anunciam um conjunto de outros gestos e acções cívicas que impeça (novamente) a descaracterização do Mercado do Bolhão, o torne num Shopping e seja entregue a exploração a privados, defendendo o inicio este ano 2009 das obras de Reabilitação, implementando Projecto da Cidade aprovado pela Câmara e pelo Ministério da Cultura (IPPAR) em 1998, recorrendo para este efeito à marcação de uma reunião de trabalho com as seguintes Individualidades e Entidades:


. Com o Senhor Primeiro Ministro do Governo da República Portuguesa;
· Com a Senhora Governadora Civil do Porto;
· Com a Senhora Directora dos Bens Culturais (IGESPAR), Casa de Ramalde
· Com o Partido Social Democrata;
· Com o Partido Socialista;
· Com o Bloco de Esquerda;
· Com o Partido Comunista Português
· Com o Partido Centro Democrático Social/ Partido Popular


O Movimento Cívico e Estudantil e a Associação Feiras e Mercados da Região Norte, solidariza-se com o exemplo intelectual, de Lisura e de Vida, que o Cineasta Manoel de Oliveira teve quando recusou, do Dr. Rui Rio, o Prémio que lhe queria atribuir!

sábado, 31 de janeiro de 2009

MOVIMENTO CÍVICO E ESTUDANTIL CRITICA CÂMARA DO PORTO POR ADIAR NOVAMENTE AS OBRAS

O Movimento Cívico e Estudantil do Porto (MCEP) e a Associação de Feiras e Mercados da Região Norte criticaram hoje a autarquia portuense por adiar para 2010 as obras de recuperação do Mercado do Bolhão.

«É uma desresponsabilização da Câmara do Porto em relação ao Mercado do Bolhão porque irá provocar a desertificação do espaço», disse em conferência de imprensa Miguel Jeri, do Movimento Cívico e Estudantil.

Os representantes das duas estruturas consideram que «o adiamento não promove a vitalidade do Bolhão», defendendo, por isso, o início imediato das obras executando um projecto do arquitecto Joaquim Massena, aprovado em 1998, que é da Câmara do Porto e respeita o património.

«Não faz qualquer sentido mandar elaborar um outro projecto quando existe um que mantém a traça arquitectónica do edifício e respeita os interesses dos comerciantes», acrescentou Miguel Jeri.

Segundo este responsável, o programa preliminar apresentado pela Câmara do Porto visa «a privatização e a descaracterização do Mercado do Bolhão».

As duas estruturas anunciaram por isso a intenção de solicitar «reuniões de trabalho» com o primeiro-ministro, Governo Civil, responsável do IGESPAR/Norte e com os partidos com assento parlamentar.

«O objectivo é evitar que o mercado se transforme num shopping», frisou Miguel Jeri.
A Câmara do Porto anunciou em Dezembro a assinatura de um protocolo com o Ministério da Cultura para a reabilitação do Mercado do Bolhão, que será integralmente financiada com verbas públicas e europeias.