Lojas = 11.395 m2 (44% da área total)
Supermercado = 3.125 m2 (12%)
Habitação= 2.500 m2 (10%)
Restaurantes = 1.450 m2 (6% da área total)
Mercado = 760 m2 (3% da área total e cerca de 1/4 da área actual)
Presumo que os 25% (6500m2) restantes serão para circulações, armazéns e estacionamento
a) Como é possível dizer que se mantém a essência do mercado quando este vai representar apenas 3% da área total, muda para um sítio que nunca existiu na parte menos nobre do edifício (e não a mais nobre como diz Pedro Neves, basta ler o texto do Arq. Correia Fernandes para perceber) e se reduz em 1/4 da área actual.
b) Se uma coisa que tem 60% de área (sem contar com armazéns e circulações) para lojas, restaurantes e supermercado não se chama shopping, então caro Pedro Neves chama-se o quê? Bom, mercado não se vai chamar de certeza.
d) Como é que a câmara aprova um projecto desta natureza sem exigir um projecto de arquitectura verdadeiramente detalhado, completo e descritivo daquilo que se altera e daquilo que fica?
e) Como é que a TCN, uma empresa sem experiência nenhuma em projectos de reabilitação, que está vocacionada para a promoção de retails, outlets em zonas periféricas das cidades, ganha um concurso de reabilitação de um edifício histórico no centro da cidade?
Não tenho nada contra adaptação do Bolhão, penso que é necessária e urgente. Acho que tem todo o potencial a mistura de valências (como já aqui disse), de novas lojas, restaurantes, esplanadas, até penso que a habitação pode ser uma solução. Mas é necessário manter o edifício, a sua traça, o seu sentido e configurações únicos, o seu potencial turístico e a sua identidade. Não é com 3% da área total que se propõe para o espaço de mercado que isso se vai manter.