Uma demonstração tranquilia e determinada de quem tem afectos ao Bolhão.






Uma demonstração tranquilia e determinada de quem tem afectos ao Bolhão.
CONTRADIÇÕES no processo Bolhão lançadas hoje pela empresa imobiliária TCN ao PJaneiro:
1- "A troca de ideias entre a TCN, a Câmara do Porto e o Igespar já terminou." (Pedro Neves - Administrador da empresa imobiliária) - Como podem ter terminado a "troca de ideias" com o Igespar, se na audiência com o deputado relator da Assembleia da República, a arquitecta Paula Silva, directora do Igespar, referiu não ter recebido nenhum projecto para o edifício?
2- "Para breve deverá estar a apresentação da solução da TramCroNe para a instalação do mercado provisório, onde durante cerca de dois anos vão ser instalados os comerciantes do Bolhão." (TCN)- Como é possível esta declaração se ainda não decorreram negociações com os comerciantes?
3- O que estamos a fazer agora é entrar no detalhe “, explicou o responsável, que adiantou que o próximo passo será “dar entrada do projecto na câmara” (TCN) - Será que os 50.000 peticionários não merecem respeito? Será que os Orgãos de Soberania, nomedamente os Tribunais e a Assembleia da República já não merecem respeito?
O silêncio da C.M.Porto e do IGESPAR é preocupante!
Uma iniciativa da Associação Cultural: "Casa da Horta"
Casa da Horta, Associação Cultural
Rua de São Francisco, 12A
4050-548 Porto
Perto da Igreja de São Francisco e Mercado Ferreira Borges. Paragem de Metro mais próxima é a de São Bento.
Email: casadahorta@pegada.net
Tel: 965545519
Artigo de Rio Fernandes - Geógrafo
1.Escalas
A cidade já não é que era, dizem-nos. E afinal sempre assim foi, ou seja, está sempre a passar a ser o que não era antes!
Dos resultados de um processo de suburbanização recente que, por tardio, foi mais acelerado e desregulado, salienta-se o duplo vazio no "velho centro", com prédios desocupados a cair e na "cidade nova", com andares à venda e edifícios há anos por acabar (em Valongo, como Rio Tinto, ou Oliveira do Douro).
O que é que isto tem a ver com o Bolhão? Quase tudo! Desde logo, porque nesta cidade alargada e de vários centros, o mercado deixou de ser central e de servir os muitos que estavam dependentes da Baixa do Porto " para a maioria das suas compras e serviços. Além disso, a intermediação entre o campo e a cidade deixou de se fazer na área central, assim como em estabelecimentos de mercearia, talho ou peixaria, e passou no essencial para a envolvente, em hipermercados e discounts espalhados por toda a cidade alargada, de preferência junto aos nós viários e às áreas mais populosas (de resto como já tinha acontecido com as feiras nos séculos XVIII e XIX, junto às portas da muralha e às principais estradas de ligação).
2. Tempos
A cidade é um depósito vivo de várias épocas, das suas formas e dos seus usos, num mix em cada caso único, feito em cada momento de diversas persistências e emergências. Infelizmente, gasta-se demasiado em "tapetes da sala de estar", ou seja, nos pavimentos das praças de recepção e aparato (assim como no seu mobiliário, dito urbano), bem mais do que em praças de estar, nos espaços onde residimos, ou nos locais onde trabalhamos e consumimos (estabelecimentos, mercados, ou espaços empresariais).
No mix do Porto, é desigual a importância de diferentes épocas, ressaltando a grandiosidade do Porto do século XVIII, com o barroco de Nazoni e o notável esforço regularizador de João de Almada (continuado pelo seu filho). Os finais do século XIX e os primeiros anos do século XX foram outro momento alto da cidade, com a emergência e triunfo da Baixa (à cota alta face à Ribeira e S. Domingos) como centro novo e único, dele e da cidade passando a fazer parte elementos tão essenciais e intocáveis na compreensão e identidade, como a Torre dos Clérigos ou a Igreja da Misericórdia o são para o barroco do século XVIII. É o caso da Estação de São Bento, do Mercado do Bolhão e da (já infelizmente alterada, sobretudo (re)atapetada) Avenida dos Aliados.
Neste espaço e no nosso tempo encontrar o futuro não será reencontrar o passado. No entanto, desistir da conservação e reutilização é desistir de alguma forma desistir dar futuro ao passado. E isso é grave para a memória da cidade, como para a memória que cada um tem da (sua) cidade. Ora o Bolhão é único e tem marca registada, reconhecida em todo o país e desde logo pela generalidade dos cidadãos da cidade expandida e plurimunicipal.
3. Atitudes
A dita "livre iniciativa", ou os "agentes privados de desenvolvimento", estão associados a uma "natural" e já muito estudada - e demonstrada - tendência para o aumento das diferenças, por vezes acentuadas sobre o território também por acções políticas, como na lamentável diferença entre Este e Oeste, com o Polis (atlântico), nos parques urbanos (de que há apenas o ocidental), ou na requalificação da marginal (só da Ponte da Luís até à Foz). Nada há contra o mercado, nem contra o Estado o que parece que falta é bom investimento privado, empreendedor e produtor de riqueza para a sociedade, e bom Estado, que saiba gerir o que é seu e saiba regular o mercado, sem se demitir, nem se misturar senão com regras claras.
Por sua vez, os utilizadores da cidade vivem cada vez mais em "ilhas urbanas" (leia-se condomínios fechados, bairros sociais, campus universitários, ou futuros quarteirões gentrificados da Baixa) e usam nas deslocações cada vez mais os "tubos" (VCI, A3, IC1, ou metro), numa crescente oposição entre espaço público e privado, de acordo com um processo marcado por uma crescente privatização do espaço de uso colectivo. Mas, se o Estado somos nós seremos nós incapazes de construir e gerir a cidade? Parece que sim, pelo menos no caso do Bolhão (e do Palácio do Freixo? e do Mercado Ferreira Borges? e do Palácio de Cristal e do?
4. Conclusões
Reutizar um elemento essencial de um espaço e de uma época, muito importantes na cidade, obriga a procurar manter a fidelidade da forma e da função. Ao contrário, alterar o Mercado do Bolhão, demolindo-o para voltar a construí-lo com estacionamento e parte central alteada, ou esventrando-o para criar mais pisos de comércio ou habitação, é sem dúvida contribuir para o empobrecimento e estandardização da cidade.
Manter o Bolhão sem "ashoppinzamentos" é, afinal, um exercício de mero bom senso, bastando saber aprender com os outros, seja com os seus erros (aconselha-se à Câmara e à Tramcorne uma visita ao que existe em Paris no lugar do mercado Les Halles e cuja demolição hoje se discute) e nos seus sucessos (veja-se o Mercado da Boqueria, em Barcelona, ou o mercado central de Frankfurt). Porque o Bolhão que temos, como mercado, faz falta ao Porto para criar uma nova relação da cidade com o campo (com produtos biológicos ou certificados, por exemplo); para apoiar a ocupação residencial da Baixa (que ainda se pretende, certo? E que precisa de comprar alimentos, certo?) e porventura mais ainda, para o desenvolvimento do turismo, já que os visitantes procuram emoções e atmosferas diferenciadoras e não tanto os espaços comerciais estandardizados.
Enfim, haja esperança que todos - e sobretudo os eleitos - considerem as lições da história da cidade e os efeitos de intervenções de vário tipo em casos idênticos e tenham bom-senso, tendo em vista as escalas e os tempos do Bolhão na Baixa; no concelho do Porto; na cidade de 750.000 habitantes num espaço com raio de 8km; no Norte e como imóvel de interesse nacional e alcance no turismo internacional, presente na memória dos mais velhos, na percepção dos mais novos e importante também na consideração daquilo que pensarão os que estão para nascer sobre o que hoje lhe fizermos.
"O Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) será a próxima entidade a ser ouvida, depois de amanhã, nas audições da Comissão do Poder Local do Parlamento sobre a reconversão do mercado do Bolhão (Porto). Desta vez, apenas o redactor - o deputado Fernando Jesus - conduzirá as audições, que darão a palavra, ainda, à TramCroNe (futura concessionária do mercado) e à secção regional do Norte da Ordem dos Arquitectos. O socialista desloca-se ao Porto para ouvir os protagonistas portuenses. Prevê-se que o relatório final da comissão esteja concluído em Julho.
Jornal Público : Patricia Carvalho
O vereador do Urbanismo na Câmara do Porto, Lino Ferreira, recusou-se, ontem, a comentar a afirmação da Plataforma de Intervenção Cívica (PIC) de que o Plano Director Municipal (PDM) da cidade não permite a instalação de habitação ou escritórios no Mercado do Bolhão - uma das ideias sugeridas pela TramCroNe (TCN). "Não alimento essas polémicas. O projecto que for apresentado tem que ir ao encontro das exigências do Igespar e da Câmara do Porto e aqui inclui-se, é claro, o PDM", disse apenas o vereador. Questionado sobre se o actual PDM permite um uso diferente do comércio, Lino Ferreira disse que teria "que estudar a questão".
No mercado, ontem, preparava-se tudo para a eleição dos novos órgãos da Associação de Comerciantes do Mercado do Bolhão. A escolha entre as duas listas concorrentes - uma encabeçada pelo actual presidente, Alcino Sousa, e outra que apresenta como cabeça de lista Hélder Francisco - deverá decorrer amanhã, por voto secreto.
Num acto "claro de campanha eleitoral", Augusto Machado, sócio-gerente da loja exterior Gentleman, apelou, ontem, ao voto em Alcino Sousa. "Ninguém é ingénuo. Sabemos que se a TCN não tiver condições para continuar vai pedir uma indemnização à câmara e se vai embora", disse o apoiante de Alcino Sousa, acrescentando: "Não aproveitar para se recuperar o Bolhão seria calamitoso para a cidade e para quem está lá dentro a trabalhar."
Já a lista que propõe Hélder Francisco para presidente da associação distribuiu o seu programa que defende uma reabilitação diferente da proposta pela TCN. "Que os comerciantes - do interior e do exterior - sejam convidados como parceiros económicos, pela Câmara Municipal do Porto, para a reabilitação e gestão do Mercado do Bolhão", diz um dos pontos do documento.
Amanhã, terça-feira, haverá reunião da Plataforma de Intervenção Cívica (PIC) na Beneficiência pelas 18:30.
Toda a cidade está convidada!
Aqui publicamos a nossa nota de imprensa:
"Tal como anunciado, o Cordão Cultural do Bolhão marcou a zona envolvente ao histórico Mercado com mais de dez horas de animação ininterrupta, numa impressionante afirmação da população portuense em defesa da integridade arquitectónica, comercial e humana deste ex-libris do Porto. Durante a iniciativa, inédita na cidade, foram dispostos vários pólos de animação em torno do Bolhão, incluindo um palco na Rua Alexandre Braga, rua que encerrou ao trânsito durante todo o dia.
O Cordão começou cerca das 11h com a animação circulante do grupo Círculo de Fogo, o qual se juntou a jovens dançarinos do Porto num autêntico espectáculo no interior do Mercado. No exterior, foi montado o Bolhão dos Pequeninos (espaço destinado ao desenho e pintura infantil) uma Nuvem Voadora de balões de hélio e uma banquinha de pintura de sacos de pano alusivos ao mercado, iniciativas que reuniram dezenas de crianças. Ao meio-dia o Teatro Palmilha Dentada apresentou a peça de Teatro "Piratas do fio de Água" perante as centenas de espectadores que entretanto se reuniram.
Durante a tarde a animação ficou a cargo da Tuna de Medicina Dentária, do grupo F.R.I.C.S. e do Rancho do Orfeão do Porto. Os visitantes tiveram também oportunidade de assistir a um documentário inédito sobre Património e Arquitectura assim como declamação de poemas ao vivo por jovens.
A partir das 16h as atenções centraram-se no palco montado na Rua Alexandre Braga que, reunindo várias centenas de pessoas, se transformou num imenso auditório onde actuaram vários artistas de renome e solidários com a causa: Rui Lima, Razer, Ana Deus, Associação José Afonso, Trabalhadores do Comércio, Comvinha Tradicional, Paulo Praça e Repórter Estrábico.
Às 21h, e após mais de dez horas de actividade, encerrou-se o Cordão Cultural do Bolhão. Para o Movimento Cívico e Estudantil do Porto, foi de muito valor a empenhada participação da população, que não desmobilizou apesar do tempo instável que se fez sentir. O Cordão Cultural não quis nem se limitou a ser uma iniciativa meramente contemplativa, tendo sido fundamentalmente um local de esclarecimento da verdade e da mentira relativamente à questão do Bolhão.
A presença activa e empenhada destes milhares de pessoas foi um poderoso aviso à Câmara Municipal do Porto que, fugindo ao debate e numa posição autista e impositiva, pretende levar avante a alienação de um património que deveria ser de todos, mas que corre o risco de ficar nas mãos de alguns. A opinião das gentes do Porto é sem dúvida de repúdio pela perda irrecuperável que seria a alienação do Bolhão para a esfera privada. Além da arquitectura que urge preservar e requalificar em vez de destruir, é de salientar a perda do património comercial, cultural e humano que significa a sua conversão em mais um centro comercial, cedendo à pressão privada da possessão e exploração de um dos mais valiosos símbolos da cidade do Porto e do país."
Cordão Cultural pela preservação do Bolhão...
Dia 10 de Maio, Sábado ----» 10,30H às 18:00H
No Sábado todo o Mercado do Bolhão vai estar repleto de Música, Dança, Teatro, Artes Plásticas, Arquitectura...
Irá ser feito o Corte de Trânsito para montagem de PALCO:
"TRABALHADORES DO COMÉRCIO" JÁ CONFIRMADOS
Estão confirmados:
-Tunas Académicas ( Tuna de DENTÁRIA e Tuna da E.S.A.P)
-Bandas Portuenses
-Fados de rua
-Intervenções de Teatro
-Ranchos Populares
-Exposições, Exibição de Documentário sobre Arquitectura e Património
-Atelier de Pintura ao ar-livre, com mestres das Artes Plásticas
-Visitas Guiadas ao Mercado
-Entre vários Músicos e Bandas:
Ana Deus
Comvinha
Paulo Praça
Repórter Estrábico
Trabalhadores do Comércio
Um abraço a todos e apareçam!
Movimento Cívico e Estudantil do Porto
http://manifestobolhao.blogspot.com
Barcelona- Mercado da Boqueria
Por Lígia Paz, Doutoranda na Universidade de Barcelona e docente convidada no Mestrado em Arte e Design no Espaço Público - Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
"Recentemente e pelas piores razões, a discussão sobre o futuro do Mercado do Bolhão ganhou um novo impulso. De um lado, o projecto de reconversão promovido por um grupo holandês e apoiado pelo actual executivo municipal; do outro, um activo grupo de cidadãos que desejam preservar o património arquitectónico e cultural que o Bolhão representa. Esta dualidade tem-se concentrado no edificado e nos usos inerentes ao espaço comercial que o mercado representa, deixando frequentemente de lado algumas das principais questões que integram o futuro deste espaço.
Um dos problemas que o Mercado do Bolhão tem vindo a enfrentar ao longo dos últimos anos está intimamente relacionado com o consumo local e, por conseguinte, com a progressiva desertificação da baixa do Porto. Não só tem havido uma descida acentuada das pessoas que aí habitam, como também uma profunda e notória degradação da habitação disponível nesta zona da cidade. Actualmente, os planos do executivo camarário parecem indicar uma preferência por uma reconversão de luxo, incentivando a transformação do actual parque habitacional degradado por um caro, exclusivo, e acessível a poucos - como é, aliás, o caso do próprio projecto recentemente apresentado para o interior do Mercado do Bolhão. A aceleração da especulação imobiliária é já notória em diversas zonas da Baixa, e a substituição de uma população maioritariamente pobre e envelhecida irá rápidamente dar lugar a uma exclusiva classe social de elevado poder de compra.
Esta questão é essencial em toda a problemática do Mercado do Bolhão. É importante promover a variedade de pessoas, usos, comércios; que se promova a diversidade de estratos etários e sociais. Apenas esta multiplicidade poderá garantir que o centro da cidade se desenvolva de uma forma saudável e acessível a todos. Com isto, o comércio local, no qual se insere o Bolhão, só terá a ganhar.
O aumento do número de pessoas a viver na Baixa será benéfico em diversos aspectos, nos quais se incluem: a diminuição do fluxo de tráfego (e suas consequências ambientais); o aumento de qualidade de vida para os seus habitantes; a preservação do património local. Porque o património não são apenas as fachadas dos edifícios: a sua maior riqueza reside nas pessoas, nos seus usos, costumes, tradições e hábitos culturais. Manter a aparência de um ícone cultural vivo não é preservação, é destruição do seu carácter essencial. Literalmente, uma obra "de fachada".
Retomando o referido inicialmente, sublinho que um mercado sobrevive na medida em que as pessoas nele compram. Dada a especificidade da oferta tradicional de um mercado - venda de produtos frescos -, este terá a maior fatia de consumidores em pessoas que vivam nas suas proximidades; que se possam deslocar a pé ou de transporte de curta duração, seja ele público ou privado.
É este o caso, por exemplo, do Mercado da Boquería, em Barcelona, o qual tem sido apontado como um dos possíveis exemplos a seguir. À semelhança do Bolhão, a Boquería localiza-se no centro da cidade; mas ao contrário do Porto, o centro de Barcelona é densamente povoado, dispõe de excelentes condições de acessibilidade por transporte público, e prima por um completo leque de ofertas culturais e comerciais de todo o tipo (cadeias internacionais e comércio familiar) e para todos os gostos. Para além disso, o governo da cidade chamou a si a responsabilidade pela revitalização e desenvolvimento articulados da rede de mercados municipais. É importante referir que em Barcelona não há apenas o Mercado da Boquería; há quarenta mercados espalhados pelos diversos bairros, com garantia de qualidade e diversidade de produtos – elementos que garantem que mais de 60% dos habitantes da cidade efectuam as suas compras nos mercados locais. A proximidade de um comércio de qualidade alargado tem benefícios directos na vida dos seus consumidores (redução do tempo de deslocação, produtos sempre frescos, etc), bem como para todos os habitantes da cidade (redução do fluxo de tráfego, menor congestionamento, melhor qualidade ambiental).
Encontrando potencial para repensar o modelo dos mercados do século XXI,a Câmara de Barcelona impulsionou uma estratégia abrangente para preservar e desenvolver estes espaços de comunicação e comércio. É então graças à inteligência do executivo municipal que os mercados se aliam às variadas festas tradicionais, usam painéis solares, são palcos de espectáculos diversos. Veículos para a integração multicultural, aliam-se a restaurantes, lançam livros de receitas, promovem a cooperação com organizações de fomento da coesão social, comercializam os produtos autóctones, e mais um sem-número de actividades. A actividade comercial dos mercados de Barcelona vê a sua sobrevivência e desenvolvimento não apenas na qualidade e variedade dos seus produtos, mas também na integração de actividades culturais e de lazer. Os mercados são aqui encarados como verdadeiros transmissores dos valores culturais da sociedade, contribuíndo também com a qualidade dos seus produtos para o bem-estar e saúde de todos.
Os mercados de Barcelona comprovam apenas que é possível concretizar um modelo que satisfaça as necessidades das diferentes pessoas que vivenciam o espaço urbano: novos e velhos, estudantes, reformados e empregados, turistas e residentes, ricos e pobres. E é exactamente no reconhecimento e adaptação a esta fantástica diversidade que o modelo se torna economicamente viável. É também neste tipo de investimento nos espaços cívicos que se avalia a qualidade da gestão municipal de uma cidade.
Nota: Para mais informação, aconselho uma visita à secção do site da Câmara Municipal de Barcelona dedicada aos Mercados Municipais -
Não é preciso saber catalão para compreender a dinâmica, qualidade e interesse do investimento local."
A única entidade aceite por toda a a comissão foram os peticionários do abaixo-assinado contra a demolição do mercado. O nome de Fernando Gomes foi dos mais questionados.
Expresso: "Bolhão com restaurantes e animação"
LUSA: "Movimento Cívico e Estudantil quer obras no Bolhão dentro de três meses"
JN: "PS/Porto diz que protocolo assinado com Governo mostra "falta de capacidade de gestão de Rui Rio"
JPN: "Mercado do Bolhão: Só 80% das acções do Mercado Abastecedor serão vendidas"
DN: "Rui Rio entrega reabilitação do Mercado do Bolhão ao Igespar"
Público: "Não utilização do projecto de Massena causa dúvidas ao PS"
Público: "Nem tudo é claro neste processo"
LUSA: "Proposta assenta na indemnização da TramCroNe, que não está garantida"