quarta-feira, 14 de maio de 2008

Vereador não fala sobre PDM e Mercado do Bolhão

Jornal Público : Patricia Carvalho

O vereador do Urbanismo na Câmara do Porto, Lino Ferreira, recusou-se, ontem, a comentar a afirmação da Plataforma de Intervenção Cívica (PIC) de que o Plano Director Municipal (PDM) da cidade não permite a instalação de habitação ou escritórios no Mercado do Bolhão - uma das ideias sugeridas pela TramCroNe (TCN). "Não alimento essas polémicas. O projecto que for apresentado tem que ir ao encontro das exigências do Igespar e da Câmara do Porto e aqui inclui-se, é claro, o PDM", disse apenas o vereador. Questionado sobre se o actual PDM permite um uso diferente do comércio, Lino Ferreira disse que teria "que estudar a questão".

No mercado, ontem, preparava-se tudo para a eleição dos novos órgãos da Associação de Comerciantes do Mercado do Bolhão. A escolha entre as duas listas concorrentes - uma encabeçada pelo actual presidente, Alcino Sousa, e outra que apresenta como cabeça de lista Hélder Francisco - deverá decorrer amanhã, por voto secreto.

Num acto "claro de campanha eleitoral", Augusto Machado, sócio-gerente da loja exterior Gentleman, apelou, ontem, ao voto em Alcino Sousa. "Ninguém é ingénuo. Sabemos que se a TCN não tiver condições para continuar vai pedir uma indemnização à câmara e se vai embora", disse o apoiante de Alcino Sousa, acrescentando: "Não aproveitar para se recuperar o Bolhão seria calamitoso para a cidade e para quem está lá dentro a trabalhar."

Já a lista que propõe Hélder Francisco para presidente da associação distribuiu o seu programa que defende uma reabilitação diferente da proposta pela TCN. "Que os comerciantes - do interior e do exterior - sejam convidados como parceiros económicos, pela Câmara Municipal do Porto, para a reabilitação e gestão do Mercado do Bolhão", diz um dos pontos do documento.

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