quarta-feira, 12 de março de 2008

Apresentação do projecto TCN para o Mercado do Bolhão, foi proibida aos Jornalistas e à Cidade

Decorreu ontem, no Rivoli a apresentação do projecto da empresa imobiliária para o Mercado do Bolhão.
Foi muita a polémica que esteve em volta de toda a reunião, confirmou-se mais uma vez que nem o Património Arquitectónico, nem o Património Humano estão protegidos.

Foi distribuido, na reunião e apenas facultado aos comerciantes, um catálogo que continha as mesmas plantas, divulgadas aqui no blog, mas agora com maior detalhe, havendo um compromisso efectivo, na demolição de todo o interior do Mercado e transformação num shopping.

O Jornal Notícias refere:
"Os comerciantes do Bolhão andam a ser enganados e tanto os autores do projecto [TCN] como a Câmara do Porto têm iludido as questões essenciais", adiantou Sérgio Modesto, um comerciante que saiu antes da reunião acabar, perto das 22 horas.

O Publico refere:
"Foram quase três horas de explicações, ânimos mais ou menos exaltados, pessoas especadas à porta do Rivoli e muitas opiniões diversas. Mas poucas certezas. O encontro convocada pela Associação de Comerciantes do Mercado do Bolhão (ACMB) teve quase tudo, menos respostas concretas a muitas das perguntas que os comerciantes levavam."

"O momento mais quente aconteceu pouco antes das 20h00, quando alguns comerciantes se aperceberam de que o arquitecto Joaquim Massena, possuidor de um convite, fora impedido de entrar. Alcino Sousa, da ACMB, usara o mesmo argumento com os jornalistas: "O espaço é pequeno". Zangados, os comerciantes interromperam a exposição para questionar o colega e alguns abandonaram a sala. Sara Araújo foi um deles. "A gente não quer o senhor Alcino como representante do Bolhão, ele não nos representa", gritou.Quem conseguiu um lugar lá dentro foi o arquitecto Correia Fernandes - os restantes elementos da Plataforma de Intervenção Cívica ficaram à porta. O encontro não o fez mudar de ideias. "Tenho muita pena, o espírito do Bolhão desapareceu. Venho absolutamente espantado, como se pode dizer que o projecto respeita os critérios de recuperação do património? Não respeita."

O Primeiro de Janeiro refere:
O responsável [Pedro Neves] assegurou que o projecto que iria ser apresentado aos comerciantes é “exactamente igual” aos desenhos que todos já conhecem. “O que acontece é que hoje vamos apresentar desenhos com mais pormenores”, disse Pedro Neves. Tudo o que estava previsto no primeiro projecto continua a ser válido agora.

Projecto da TCN- empresa imobiliária:








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